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SEC – “É PRÓPRIO DO SER HUMANO”

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“É PRÓPRIO DO SER HUMANO”

Seguidamente nos deparamos com situações comuns ao longo da vida (o ir e vir, relativo ao trabalho, durante anos a fio é uma dessas), portanto repetitivas.

Todos têm oportunidade de ter um lugar ao sol, só não usufrui aquele(s) que por opção decidiu (ram) seguir outros rumos, viver no obscuro, por exemplo, é uma maneira que, alguns religiosos dedicam suas vidas em louvor a Deus e/ou por força das circunstâncias (p.ex.: cumprimento de pena em regime fechado).

As oportunidades surgem com maior ou menor intensidade, aonde menos se espera, em épocas variadas da existência do indivíduo. Daí aquela máxima: o cavalo encilhado passa de uma a duas vezes a frente do pretenso cavaleiro, ensejando monta. Aquele que deixa passar por duas vezes seguidas, dificilmente terá outra chance.

Há os agraciados, frutos de berços esplendidos (oportunidade intrínseca), bem como os de origens humildes, a maioria. O que significa dizer que a sorte é lançada, a partir do nascimento da pessoa. Será mesmo sorte ou destino? Fica aí a indagação. Porque tem corrente que diz: a vida do sujeito é traçada bem antes de conhecer a luz externa. Luz essa que pode ter um brilho efêmero ou um brilho duradouro, ninguém sabe a quantidade exata de tempo do brilho. Ninguém, em termos. Entre o céu e a terra existem coisas que desconhecemos, mesmo no estágio de desenvolvimento em que nos encontramos.

Mas, independente do meio social, sem luta no bom sentido para manutenção do(s) bem (ns) e busca de objetivos se não tiver vontade, querer, e poder realizar, nada terá valida a pena, nem sempre. E, tudo tenderá a degradação? Não, as lições mais importantes no aprendizado da vida, advêm de situações adversas, ao intento do autor.  E por ser a subjetividade inerente a cada ser humano sem sombra de dúvidas, ações e reações as mais diversas, explicitam no percurso do andamento sobre a terra.

Na terra, teatro das ações, com múltiplos palcos, o homem encena várias peças de sua passagem terrena, com suas peculiaridades, obedecidos os períodos cronológicos, num mundo livre. Livre! De quê? Aí vai depender da vivência, do local, do seu estado de espírito e de como encara a vida. Sim, tem gente que mesmo livre se ache preso, porque existem regras a obedecer, e no estado de preso ainda pode viver. Nem os pássaros que podem voar além fronteiras, são livres. Pois que tanto existem as leis dos homens, como as leis da natureza, a regular a liberdade. E, aí cabe dizer que todos têm condições de viver, mas saber viver com dignidade é diferente.

O conhecimento é fundamental para um convívio salutar, entretanto não é tudo. O fato é que no interior de todos, individualizado, há o jeito próprio do ser humano, denominado personalidade. Cuja característica dominante, o caráter pessoal é uma marca privativa do homem.

Sem querer polemizar com referência a personalidade, temos três atributos de suma importância aplicados aos humanos, que dificilmente estão num mesmo nível de equilíbrio ou de igualdade. Atributos esses oriundos a partir do nascimento (porque antes é impossível antever quem será o quê, na vida), de nascença, adquiridos e aperfeiçoados no decorrer do ciclo (nascer, crescer, reproduzir e morrer), que são: inteligência, educação e instrução.

É raríssimo ver alguém detentor dos atributos supramencionados, em pé de igualdade de valores positivos. Observem: existem indivíduos que são inteligentes, tem pouca instrução e são educados; existem indivíduos menos inteligentes, educados e com boa instrução; e existem indivíduos inteligentes, com instrução acima da média e educação precária (são capazes de dar coices na própria sombra ao vê-la em movimento). São percepções do cotidiano. Olhem ao derredor e também constatarão.

Somos racionais, observar, pensar e refletir é próprio do ser humano

Nelson Vieira de Souza

Secretário Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS