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SALVE-SE, QUEM PUDER!

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SALVE-SE, QUEM PUDER!

A calamidade toma conta a passos largos em toda e qualquer parte deste nosso querido país. Já não basta a insegurança, um infortúnio público a brindar nossas vidas negativamente, assim sem mais e sem menos, devido à incapacidade de resolverem problemas gritantes no seio da população. De repente o povo vai começar a querer fazer justiça a seu modo. O que tem acontecido volta e meia pelo interior do Brasil, mas se a moda pega, estaremos na contramão no trato do ser humano, e pensar que somos seres racionais. Isso em conseqüência da inexistência de medidas mais austeras no enfrentamento das ilicitudes correntes em todas as camadas sociais. Nada ou quase nada vai adiante, o engodo, o passar a mão sobre a cabeça e ficar só nisso, atrapalha, protelam e as coisas vão acontecendo e amontoando-se, a espera de definições justas.

Era normal se ouvir que: “a corda sempre arrebenta no lado mais fraco”, continua uma realidade.

As mazelas estão aí, advindas da falta de amor ao próximo, em primeiro lugar. E, depois é o que todos sabem e vem sentindo na própria carne. Andar, transitar pelas ruas é uma façanha porque estamos a mercê de sofrer danos irreparáveis não pelo nosso concurso, mas em face de forças alheias a nossa vontade. Em casa, quem diria!  Estamos nos encarcerando, onde quem pode mais, faz mais pela sua segurança e dos seus.

O direito de ir e vir tão decantado em prosa e verso, ou melhor, uma conquista consignada na nossa Constituição Federal, de fundamental importância na vida do indivíduo, deverá se prosseguir para pior o estado calamitoso que nos encontramos mudar para o direito de ir e talvez de vir.  Os caminhos estão em processo de ficarem estreitos, algumas “ruas” permitem a entrada, sair é outra história. São os famosos “becos sem saída”, um dilema que precisa ser enfrentado pelas autoridades competentes (eles tem de mostrar trabalho e chega de blá, blá, blá), com o apoio da sociedade civil é claro.

A tranqüilidade apanágio de estar bem e pronto para desenvolver atividades que requerem concentração no que se quer executar com afinco, sejam em ocasiões de lazer sozinho, com familiares e ou com amigos, na área profissional, fica difícil tê-la, porque vivemos sob estado de tensão.

Gente! Chega de descaso. Vejam o que está acontecendo no Rio de Janeiro, uma desgraça anunciada. E por quê?  Porque não deram o mínimo de atenção para o alerta, no momento oportuno. Depois que “a vaca foi para o brejo” fica o jogo de empurra. E quem paga o pato? Foi preciso morrer pessoas em quantidade alarmante para tomarem atitudes de pronto socorro em tempo de guerra, depois que “a bomba explodiu”, uma vergonha, um descalabro.

Vidas foram ceifadas prematuramente, famílias com perdas que jamais serão compensadas e de quem é a culpa? E pasmem, estamos em pleno século XXI.

Um povo não vive só de promessas. Uma nação tem de ter alicerces firmes para sustentar a construção do seu crescimento.

Por enquanto, infelizmente, salve-se quem puder!

  Nelson Vieira (Secretário Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS)