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Proclamação da República

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PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
O sistema monárquico brasileiro encontrava-se desgastado e era questionado por vários setores da população brasileira. O exército não aceitava mais a corrupção dentro do governo monárquico. Algumas imposições feitas pelo imperador também eram questionadas pelos militares. Entre elas, a proibição de oficiais do exército brasileiro em se manifestar na imprensa, sem a autorização do Ministro da Guerra.

Os membros da Igreja Católica Brasileira também estavam descontentes com o governo de Dom Pedro II, pois havia muita interferência real nos assuntos religiosos.

A monarquia era um sistema enfraquecido no contexto mundial do final do século XIX. Muitos países importantes já haviam adotado a República, que possibilitava maior participação política dos cidadãos. No Brasil, a classe média, estudantes e profissionais liberais, simpáticos ao regime republicano, passaram a fazer oposição à Monarquia brasileira. Queriam a implantação da República, para que pudessem ganhar poder e influenciar mais nas decisões políticas e administrativas do país.

Havia também um grande descontentamento dos fazendeiros conservadores. Antes adeptos da Monarquia, estes agricultores retiraram o apoio político que davam à Monarquia após a abolição da escravatura em 1888. Estes fazendeiros eram proprietários de grandes quantidades de escravos e não receberam indenização do governo após a abolição.

Os setores progressistas do Brasil eram contrários a uma série de situações mantidas pelo regime monárquico, tais como: voto censitário, falta de justiça social, miséria, ensino público para poucos, elevado índice de analfabetismo.

A crise econômica em que o Brasil se encontrava também influenciou na Proclamação da República, pois fez com que aumentasse o descontentamento da população brasileira. Esta crise foi agravada com a Guerra do Paraguai, pois o Brasil recorreu aos empréstimos ingleses, aumentando assim a dívida externa.

O regime monárquico existiu no Brasil entre os anos de 1822 a 1889. Neste período o país teve dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II.

O Fortalecimento do movimento republicano, aconteceu principalmente nas grandes cidades do Sudeste.

Em 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro da Fonseca reuniu as tropas do Rio de Janeiro num golpe militar e invadiu o Ministério da Guerra. Sua motivação foram os boatos de que Dom Pedro II tinha intenções de reconfigurar a Guarda Nacional. Rumores diziam que Deodoro e suas tropas apenas pretendiam obter um novo Ministro da Guerra, mas sua pressão foi tanta que a corte se dissolveu, dando lugar à República Brasileira. E a despeito das movimentações populares que vinham ocorrendo a favor de um governo republicano, a proclamação da república deu-se por uma monarquia que não mais se sustentava.

A família real seguiu rumo à Europa no dia 18 de novembro. Neste momento após 67 anos regido por um Imperador autoritário e cheio de poderes, o Brasil respirava novos ares como uma nova República, tendo Marechal Deodoro da Fonseca como presidente provisório, que seria supostamente substituído por presidentes eleitos pelo voto direto popular. E assim pode-se dizer que a República foi um consolidador da democracia Brasileira, que segue até os dias de hoje.

Infelizmente, muitas mazelas continuam impregnadas, enraizadas no sistema e, porque não dizer na população.

E hoje, guardadas as proporções estamos à beira do colapso, e urge mudanças, com geração de sacrifícios para melhorar ou minimizar o atual estado de decadência em que se encontra o país.

Dados extraídos de registros históricos.

Secretaria Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS.