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O BRASIL ESTÁ MAIS PARA UMA RODA GIGANTE!

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Nelson Vieira*

Vivemos momentos altos e baixos, não temos um equilíbrio permanente, que inspire tranquilidade no dia a dia do cidadão brasileiro, porque sempre tem algo a divergir, ora para mais, ora para menos, aí fica difícil traçar uma trajetória de avanço, no tocante ao bem estar da população.

Sem dúvida, mudanças ocorreram ao longo do tempo, mas afirmar a projeção de um futuro próximo a inspirar esperança de dias melhores, com transparência das ações a gerar credibilidade, parece distante da nossa ótica.

E, isso nos leva a imaginar o deslocamento de um corpo ou de alguma das partes de um para outro lugar, ou movendo-se em varias direções. Então imaginemos uma “roda gigante”, aquela nossa conhecida ou pela maioria das pessoas, que compõe o conjunto de aparelhos integrantes de parques de diversões.

A roda gigante cuja forma é circular e própria para se mover em volta de um eixo, gira em circulo e, pode parar em qualquer dos vários “pontos”, que dimensionam a sua extensão de percurso. Sendo certo de atingir até um grau mais elevado, e depois decrescer, com retorno ao local de partida.

No caso do Brasil, um país enorme, não só no aspecto geográfico, a “roda” do desenvolvimento se desloca lentamente, dando a impressão de girar sem ela avançar, do tipo quase parando, quando não, parada mesmo, num determinado período.   

Sim, é claro que toda roda gigante tem necessidade de manutenção, isto é, de tempo em tempo ser lubrificada, ocorrer troca de peças, regulagem e atenção no tópico segurança. Isso seguindo normas condizentes para utilização normal, fim evitar transtornos e para que os usuários possam ter deleite.

O Brasil é monumental e as dificuldades são muitas, e atualmente, infelizmente, muito se fala e pouco é feito, o quê se vê e ouve são agruras de toda ordem, desvios de conduta e de pecúnia, leis sendo “mal interpretadas”. Gastos e mais gastos e tal faz, tal desfaz, situações de lengalenga, com geração de prejuízos, ao invés de soluções para os problemas.

Vê-se descumprimento de prazos. A existência de burocracia praticamente em tudo, a atrapalhar os andamentos das ações. A tão propalada igualdade, só no papel. Na verdade quem mais tem recursos (entre os quais, tráfico de influência e pecuniário), chora menos.

O quê nos leva crer que a ”roda”, ou melhor, o Brasil está mais para emperrado, não move e nem para bem. E, como no caso da roda gigante precisa de cuidados de quem (do povo) de fato e de direito, tem amor por ele. Com certeza necessita de reparos, de substituições de peças, seguida de uma lubrificação de ponta a ponta. Uma medida exemplar, transparente, que faça todo o complexo girar, se movimentar equânime e progressivo, para o bem de todos.

*Secretário Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS, membro da ARLS – Aurora II, n.º 2017 – Benfeitora da Ordem, da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, da AACL –Castro Alves – POA, Academia Rio Grandense de Letras – RS e Associação Internacional de Poetas.