AS LOJAS MAÇÔNICAS PODEM E DEVEM FAZER A DIFERENÇA

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Nelson Vieira*

As lojas têm autonomia nas suas ações, atuando de conformidade com as legislações federais, estaduais e municipais do país, além do respeito as normas à obediência a que está vinculada. São estabelecidas com endereços fixos e registros em cartórios apropriados, possuem CNPJ, tudo de acordo com as regras vigentes, internas e externas.

Por serem constituídas legalmente, e de acordo com os regimentos internos, estatutos e observadas suas obrigações para com as potências a que estão subordinadas, têm capacidade e competência de decisões através dos seus gestores (eleitos de forma democrática), e ou ouvidos os obreiros, em momentos oportunos (reunidos em sessões), sempre que possível. Aliás, as transparências das operações devem ser marcantes, fim de eliminar no nascedouro quaisquer desconfianças, disse que me disse (fofocas) que possam gerar prejuízos às lojas.

Uma loja tem muita força quando há convergência de ideais. A vontade da maioria é soberana. Daí ser providente sair da mesmice. Como? Bem, a loja, além de suas obrigações, pode promover, realizar ações que necessariamente não precisam do aval do Grão Mestrado, mesmo porque o Grão Mestre não tem condições de tudo resolver.   É a loja que sabe seus pontos fortes e fracos, e as prioridades, para tomadas de decisões no âmbito interno e externo (no local onde está inserida, na sociedade). Claro que, nada impede que seja dado a conhecer.

Fazer acontecer depende da vontade dos irmãos. Aliás, alguns dos grandes movimentos ocorridos no mundo, tiveram início no seio de lojas maçônicas.

Sem dúvida, problemas existem e, estão aí para serem resolvidos. Então, antes de mais nada “a casa” tem de estar em condições, ou seja, administrada a contento, nos trinques. Cada administração tem que dá o máximo possível pelo bom andamento da loja. Às vezes é preciso tão somente um “empurrãozinho” de leve e pronto, as coisas começam a andar.
Lojas que fazem a diferença já não são novidade. Existem algumas a todo vapor, exibindo mostras de solidariedade.

Promovem filantropias, levam bem estar às pessoas, proporcionam cursos, palestras, enaltecem a autoestima dos indivíduos, e etc.. Saíram dos afazeres restritos às quatro paredes e estão com atuações, numa sinergia entre quem dá e quem recebe. E, olhem que, por vezes, se recebe mais do que se doa, na escola da vida, o mundo. É o eterno aprendizado.

Uma coisa é certa. Ficar parado e de braços cruzados é ruim. Sair da rotina é salutar, desde que a proposta seja desinteressada de vantagens pessoais e com ganhos para todos.

Iniciativas de ações, evitam questionamentos do tipo: O que a loja (a maçonaria) faz além do que acontece em loja, num determinado espaço de tempo, uma vez por semana? A resposta depende de QUE cada loja vem fazendo. Cabe aos membros responderem.

A bem da verdade, muitas soluções para problemas são obtidas na informalidade e levadas à loja para conhecimento e aprovação ou não. É que em loja o desenvolvimento das sessões obedece ao rito adotado pela mesma, com atenção a cada tópico. Fica difícil divagar outras matérias mesmo que pertinentes, devido poder causar quebra de concentração nos trabalhos ritualísticos, com isso pouco resta para colocação e explanação de temas que carecem de tempo para serem abordados. Ai, que no informal os assuntos têm condições de enfoque, com mais pormenores.

Com certeza, as lojas podem fazer a diferença saindo do casulo, numa metamorfose em favor do homem, na busca da perfeição.

Parabéns as lojas que são dinâmicas, altruístas, que cuidam do seu “rebanho”, e se dedicam também ao social, numa demonstração de amor ao próximo.

*Secretário Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS.