ACORDA BRASIL, ANTES QUE SEJA DEMASIADAMENTE TARDE!

  • Post category:Editoriais
Nelson Vieira*

É gente, a coisa está feia, não é mole não! É a polícia em ação e, diariamente, há apreensões de drogas em quantidades reveladoras do enxurro que se alastra.

As drogas hoje estão em todo e qualquer lugar e, em diferentes classes sociais, desde a mais inocente das idades até aqueles considerados da terceira idade, de mamando a caducando. Não adiante querer fechar os olhos, tudo está acontecendo bem na nossa frente. Atingindo pessoas de menos instrução e intelectualidade, e uma quantidade expressiva de profissionais graduados de vários segmentos da sociedade, alguns ditos intelectuais.

A facilidade de aquisição pelos interessados é enorme. Existem entregas em domicílio, vip, basta ligar para o fornecedor, e deu pronto. Estamos nos referindo às drogas ilícitas, porque as licitas já fazem parte da cultura, há séculos.

Ao governo cabe a repressão, através dos meios que dispõe, mas isso só não é suficiente, as fronteiras são muito extensas, praticamente sem nenhum obstáculo a importunar a passagem ou entrada das drogas. E, quando surge uma forma eficaz de enfrentar, o outro lado busca condições de burlar as barreiras impostas e, consegue introduzir as drogas no território brasileiro.

Disso, ocorre quantidade de drogas a disposição dos usuários, no “mercado” interno, por mais que haja proibição de transporte, posse, venda e consumo no país.

O governo não pode tudo fazer, é humanamente impossível. As ações de repressões são válidas, entretanto tem custo elevado, e são necessárias na tentativa de coibir, dificultar o tráfico internacional. No perímetro doméstico (nas cidades e Estados) também há o exercício da repressão de que trata a lei n.º11.343, de agosto de 2006. Porém, é querer muito. Enquanto isso, o “negócio” vai num crescente assustador.

Agora, enquanto houver comprador, haverá vendedor ou em havendo consumidor há fornecedor.

Consta que no México começou devagar e sempre, mesmo com todo aparato deles e do vizinho país do primeiro mundo. Atualmente, a situação lá, é de salve-se quem puder, “a turma está em todo lugar”, diríamos que quase onipresentes.  

Em face do uso das drogas em proporções alarmantes no cenário nacional, aumentou consideravelmente o número de dependentes químicos que, necessitam de cuidados especiais, cujos tratamentos são onerosos. Basta fazer as contas, para ver o quanto custa o tratamento de uma pessoa, acrescido da família, que também deve ser assistida.

E os dissabores em virtude de atos de violência, provocados pelos usuários para satisfazer o vicio, com danos por vezes irreparáveis, ao causador, a terceiros e ao patrimônio público. E o que dizer dos presídios abarrotados de condenados por tráfico de drogas. Quem paga a conta?
Mas, o que pode atenuar ou diminuir o “livre mercado”, da procura e oferta neste tipo de negócio e gerar benefícios à população?  A resposta é: A PREVENÇÃO!  Heureca! Que nada, todos sabem.

A sociedade precisa acordar do sono esplendido e partir para atividades praticas e diretas, antes que “a vaca vá para o brejo”.

Informações e orientações devem chegar ao povo de maneira mais direta, tipo olho no olho. Uma boa parte ignora, desconhece ou nunca viu e por aí vai. Certo é que, urge capacitar um número bem elevado de pessoas, para surtir o efeito desejado. Palestras em centros comunitários, escolas, associações, empresas, universidades e etc.. Outra forma seriam visitações planejadas em redutos e vilas das cidades, por pessoas habilitadas em abordar o tema, por exemplo, informando os sinais de alerta.

Sinais de alerta

As marcas para descobrir se alguém está usando drogas na família ou no círculo de amigos são facilmente percebidas se existe diálogo e uma relação aberta. Quando falta conversa, também há sinais que podem ajudar pai, mãe, irmão ou avó e avô a descobrir o uso e tentar ajudar o dependente a livrar-se da dependência.

Além da devastação no organismo, o comportamento avisa. Há visível mudança física, que inclui perda de peso acentuada, em especial nos usuários de cocaína e crack — os “crackeiros” ainda sofrem de envelhecimento precoce e pele ressecada.

O consumo de drogas deixa o usuário retraído, deprimido, cansado e até descuidado em sua aparência. Um teste da Associação Espaço Comunitário Comenius, de São Paulo, orienta a observar o estilo da pessoa — se ficou agressiva, adotou atitudes violentas e se mudou de amigos.

Para Maria Cecília Heckrath, coordenadora do setor de álcool e drogas da Secretaria de Estado da Saúde (SC), não há fórmula segura para detectar o consumo de drogas, mas é comum perceber o uso se a família tem diálogo.

– Quando os pais são distantes ou a família é desestruturada fica difícil. Aí os pais só percebem quando encontram droga no bolso do filho, diz Maria Cecília, que trabalhou mais de 10 anos no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Florianópolis.

O conjunto desses fatores pode indicar o consumo:

Zero Hora e A Notícia

O jovem anda retraído, deprimido, cansado e descuidado do aspecto pessoal (com cabelo e barba por fazer e unhas sujas e mal cuidadas), agressivo, com atitudes violentas.

Quando a pessoa muda radicalmente o grupo de amizades. Estuda-se, mostra dificuldades na escola e perde o interesse por passatempos, esportes e hobbies. Trabalha-se, começa a faltar e ficar relapso.

O usuário muda seus hábitos alimentares, deixa de se alimentar com frequência e passa a sofrer com distúrbios de sono. O usuário de crack pode perder 10 quilos em um mês.

Usam desodorantes para disfarçar cheiro, ficam com os olhos vermelhos, as pupilas dilatadas e usa colírios.
Mantém conversas telefônicas com desconhecidos, começa a furtar objetos de valor na própria casa.
Adota mudanças no visual, usa roupas sujas e faz apologia a drogas.

No caso da maconha, quando há caixas de fósforos furadas no centro, ou piteiras e cachimbos, que permitem fumar o cigarro de maconha até o final sem queimar os dedos ou os lábios; papel de seda (para enrolar a droga); tem manchas amareladas entre as pontas dos dedos e queimaduras e há cheiro nos lençóis.

No caso da cocaína, cartões de crédito e lâminas utilizados para pulverizar o pó e canetas sem carga, para aspirá-lo, são sinais de uso.
Também é importante perceber se o nariz da pessoa sangra com frequência ou apresenta coriza, se tem dificuldade para falar, gasta mais dinheiro do que o normal e sai mais de casa, ou passa noites insones.

Mentiras recorrentes e descaso com compromissos. Fonte: Jornal Zero Hora (Porto Alegre-RS).

Um controle maior sobre os “precursores” (substâncias que misturadas contribuem para o surgimento de droga (s) a disposição no comércio.
Quem não tem alguém da família ou pessoa conhecida envolvido com drogas ou já foi dependente?
Em havendo preocupação e interesse da maioria da população em diminuir a incidência do uso de drogas, com certeza haverá ganhos para todos, incalculáveis, a custo mínimo.

ACORDA BRASIL, ANTES QUE SEJA DEMASIADAMENTE TARDE!

*Secretário Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS, membro da Academia Maçônica de Letras de Mato Grosso do Sul, correspondente da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves – POA, da Academia Rio Grandense de Letras – RS, da ARLS – Aurora II, N.º 2017 e da Associação Internacional de Poetas.