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A SESSÃO DAS SESSÕES

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A SESSÃO DAS SESSÕES

Qual o Maçom que não participou da Sessão das Sessões? Com segurança afirmamos que todos participaram a partir do primeiro contato com o mundo maçônico. E, cuja repetição ocorre na mente daqueles que presenciam sessões Magnas de Iniciação, quantas vezes forem possíveis.

Quem consegue esquecer os passos iniciais, dados ao ingressar na Maçonaria? Também, concluímos: Ninguém de sã consciência consegue olvidar o quê  percebeu, mediante os cinco sentidos, na ocasião. O difícil é dizer que tudo foi assimilado. Aí, também podemos afirmar: Nada, quase nada, devido a apreensão, a emoção vivida em pouco espaço de tempo.

Os momentos antecedentes da realização da Sessão, por si só causam reflexões, as mais diversas, devido à postura do candidato diante do inesperado, do novo que é apresentado. Ter que se confrontar com o incógnito, o que talvez nunca tenha ocorrido nas condições impostas, à possibilidade de parar para pensar sobre o passado, presente e futuro, assim do nada para algo indefinido na mente de quem está cheio de curiosidade.

A Sessão das Sessões é um fato inusitado para o postulante a Maçom, antes e durante o seu desenvolvimento. Pouco ou nada sabe sobre Maçonaria. Muito é dito e escrito referente à Ordem Maçônica, entretanto só o iniciado tem o privilégio de paulatinamente conhecê-la, seu significado e propósitos, desde a sua criação. O certo é que a Maçonaria é perene e seus componentes a fazem dinâmica.

Mas, ter a honra ser protagonista, figura central, numa determinada área específica, por mais experiente a emoção tem acento primordial, no conjunto sensitivo, o coração bate mais forte. O silêncio no ambiente coopera, conspira seguido de sons conhecidos e outros estranhos, o indivíduo pode ir ao fundo do poço e retornar. Só quem passou pode avaliar.

Na Sessão das Sessões, nossa! Um minuto é uma eternidade. A cabeça fica a mil. Será que é possível tudo compreender? Claro que não. Tudo se vê até onde o olhar pode alcançar o máximo permitido, sem entender o que é visto, pois ainda tem os olhos cobertos pela negritude. Os ouvidos, do início ao fim receptivos a todo e qualquer som. O espanto é tanto, a ponto de embasbacar qualquer ser racional vivente. Então, as cortinas são descerradas, a visão fica mais ampla, a angústia  cessa, surgem  surpresas, seguida de uma avaliação de caráter subjetivo. O desconhecido por ora, é desfeito.

O interessante que a compreensão do ocorrido na Sessão fica prejudicado, em virtude das tensões, porém o registro no cérebro é eterno.

Não há Maçom lúcido que esqueça da Sessão das Sessões. Da sua Sessão Magna de Iniciação.

Nelson Vieira de Souza – Secretário Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS.