Pai implica em responsabilidades, atenção diuturna para com os filhos, em especial nos dias de hoje. Não, que no passado fosse tão diferente. É que, atualmente há mais facilidades à mão, acompanhadas de violências, e de onde menos se esperam desencadeadas por diferentes motivos, muitos dos quais alheios a nossa vontade.
Feliz o filho que o Pai está próximo, que possa vê-lo constantemente. O Pai presente é um eterno conselheiro, o melhor amigo, companheiro de todas as horas, principalmente nas mais difíceis e “paitrocínio” tantas vezes, que até perdemos a conta, uma dívida impagável, daquelas “de pai para filho”.
Com relação ao Pai que partiu desta para outra, resta a saudade, os exemplos deixados pelo mesmo, incrustados no “EU” de cada filho, proporcional a sua sensibilidade. E, fica o questionamento: fui um bom filho? Por isso, dê o melhor de si hoje, porque amanhã poderá ser tardio.
O filho quando pequeno tem no Pai um herói, espelho a refletir imagens, as quais o filho sente necessidade de imitar, por ter o paradigma a sua frente. Vejam a importância de ser PAI (com letras maiúsculas), em cujo filho é depositada a esperança de um porvir melhor.
Quantas vezes o Pai é ou foi incompreendido, em face de não poder atender o desejo do filho, devido a impedimentos circunstanciais. Não vamos longe, tomemos como exemplo: um não proferido pelo Pai, quando se queria o sim. “Um desastre”. Acontece que, dizer “não”, se faz necessário em algumas oportunidades, até como forma de amor. Coisas que, só serão compreendidas com o passar do tempo.
A conquista da confiança do filho é algo fundamental. Ao estar em dificuldades, é bem provável que procurará em primeiro lugar o Pai. Caso contrário buscará socorro em terceiros. Podendo daí advir prejuízos irreparáveis, irreversíveis, em virtude da desobrigação desses em promover orientação condigna. A falta de palavras orientadoras, no momento certo, pode torná-lo presa fácil de pessoas voltadas aos vícios.
Convém ressaltar que, a figura do pai não está somente centrada no pai biológico e sim naquela pessoa dotada de amor, carinhosa, prestativa e atenciosa para com seus filhos, sejam eles legítimos ou adotivos.
Todo o Pai quer o melhor para o filho, por analogia todo o jardineiro que se preza também pensa dessa maneira, relativo ao jardim ou pomar, onde cada plantinha é um (a) “filho (a)”. Ele começa por semear. A semente germina, desenvolve, precisa ser aguada. Vai crescendo, é pequenina, necessita de amparo para se manter ereta. Cresceu, tem floradas e a seguir produz frutos, bons ou ruins. Então, para que a planta seja de qualidade, dependerá de intenso cuidado do seu patrono, o jardineiro. Assim, também o Pai está para o filho.
O Pai precisa ser amigo do filho. Disponibilizar tempo na agenda com o fito de manter diálogo, sempre que viável. Demonstrar interesse o que é muito importante, pois que não basta dotá-lo disso ou daquilo. O filho tem necessidade de conversar, trocar idéias, mesmo quando rotula o Pai de “careta” ou de “quadrado”, no estágio de querer “alçar vôos com as próprias asas”, período que “tudo sabe”.
E quando atinge a maioridade, “filho criado, trabalho dobrado”. Nas conversas os pais seguidamente, saem com este dizer: “filhos, só mudam o endereço”. Claro, é uma força de expressão, que é muito comum nos relacionamentos familiares, guardadas as proporções e exceções à regra.
Agora, é magnífico constatar a alegria do Pai, quando vê que seu esforço foi compensado, que valeu a pena o sacrifício, ao ver o filho encaminhado na vida, cônscio de suas obrigações, membro ativo na sociedade. É esse o desejo do (s) Pai (s), e sentir a conquista, a vitória de mais uma batalha na peleja da vida, é indescritível.
Se somos o que somos parte se deve a um dos baluartes da família, o Pai. Por mais que façamos em seu benefício, ainda estaremos em débito.
Para os Pais fica o registro da nossa eterna gratidão.
Ao Pai Supremo o nosso agradecimento pelas dádivas recebidas.
Amém.
Nelson Vieira – Secretário Estadual de Educação e Cultura do GOB-MS.